terça-feira, março 23, 2010

Notas rápidas pra desafogar momentaneamente o pensamento


  1. Álvaro machucado e Maldonado voltando. Agora sim os botafoguenses podem nos chamar de cagões.
  2. Acho realmente que este time promete. Mas prometer tem um limite. O limite é nas oitavas da Libertadores.
  3. Uma coisa que acho bacana, nem lembro se coloquei também no post abaixo é a "geração" que se consolidou com Léo Moura, Juan e Bruno, e Angelim também, talvez também o Toró. Já estão na história. Mas caso a gente ganhe algum título no primeiro semestre o lugar de maiores vencedores pós-Zico tá muito assegurado.
  4. Messi tá bem bizarro. Esse Barça e Arsenal é compromisso de qualquer um que se importe com o futebol. Está em jogo o que o futebol pode ser hoje. Vi o último jogo do Barça, parece outro esporte.
  5. Acho o Dorival Júnior um grande técnico. E me parece que ele está plantando uma filosofia bacana, principalmente com o Ganso, de marcar também. Corre sério risco de virar craque. É uma pena que a imprensa esportiva no Brasil só goste de fofoca e não de tática. Uma pena, porque há muito o que falar disso. Esse time do Santos joga isso na cara da gente.
  6. Fico pensando se o Fla poderia escalar às vezes o Vinícuis de 3° homem no meio às vezes, jogando com o Pet mais à frente. Acho que no estadual rola. Esse time, há muito tempo, tem um grande potencial de movimentação, porque tem muita gente com recursos. Não sei se o Andrade investe muito nisto. Se organizasse um bom rodízio no ataque poderia virar um time muito forte, passando às vezes, Williams, Léo, Juan, Kleberson...
  7. Voltando a Argentina: na frente eles tem uns 6 jogadores (mais o Conca) que entrariam de titulares no Brasil, molezinha, molezinha. Admiro muito o futebol dos argentinos.
  8. Procura-se deseperadamente uma crítica que aborde de frente o novo filme do Resnais. Aquilo parace ser de outro planeta.
  9. É engraçado como se parece um pouco com o Tarantino, pelos grandes "talking pieces", e esse enorme prazer de falar. Vejo isso muito pouco no cinema brasileiro.
  10. James Gray virou uma grande sombra que não me sai da cabeça. Vou ver o Little Odessa e escrever alguma coisa aqui. "Os Donos da Noite" me afetou de uma forma como há muito tempo um filme não me afetava. Me fez no mínimo me lembrar do quão foda é a mitologia grega. E me transformou numa espécie de autômato, me causou reação física imediata. Bizarro.
  11. Fudeu. Aprendi realmente a gostar do BBB e admirá-lo. A Maroca e a Lia em silêncio depois do último paredão foi sinistro, um dos melhores finais de teledramaturgia em muito tempo (não vejo séries...). E os textos do Bial são certamente a melhor coisa que ele já escreveu na vida (é ele que escreve mesmo?)
  12. Blanchot voltou a me rondar: só um trechinho de um diálogo do "Conversa Infinita vol.1" (alô Editora Escuta, cadê o vol. 3???):
- Escrever, não é expor a palavra ao olhar. O jogo da etimologia corrente faz da escrita um corte, um dilaceramento, uma crise.
- Um simples lembrete: o intrumento adequado da escrtra era o mesmo da incisão: o estilete

-(...) Falar, como escrever, nos engaja pois num movimento de separação, uma saída oscilante vascilante.
- Ver também é um movimento.
- Ver supõe apenas uma separação compassada e mensurável; ver é sempre ver à distância, mas deixando a distância devolver-nos aquilo que ela nos tira.
- A visão se exerce invisivelmente numa pausa onde tudo se mantém. Vemos apenas aquilo que primeiro nos escapa. em virtude de uma privação inicial, não vendo as coisas demasiadamente presentes nem tampouco se há premência na nossa presença às coisas.
- Mas não vemos o que está demasiadamente longe, o que nos escapa pela separação do longínquo.
- Existe uma privação, uma ausência, graças à qual realiza-se o contato. O intervalo não impede aqui, pelo contrário, permite a relação direta. Toda relação de luz é relação imediata.
- Ver então é perceber imediatamente ao longe.
- ... imediatamente ao longe e através da distÂncia. Ver, é servir-se da separação, não como mediadora, mas como meio de imediação, como i-mediadora. Neste sentido, também, ver é ter a experiência do contínuo, e celebrar o sol, quer dizer, além do sol: o Uno.