terça-feira, dezembro 15, 2009

Elephant ( Alan Clarke , 1989 )

Antes de dormir, pegeui pra assistir o Elepfante "original", do Alan Clarke, um diretor que não conhecia, e que fiquei sabendo da existência pelo mesmo motivo que muitos: a referência do filme homônimo do Van Sant. O filme é feito para a TV.
Fiquei chocado. Como uma TV pode exibir aquilo... (lá vem um semi-spoiler, mas acho que este não é um filme que sofra deste mal, mas se quiser checar por si mesmo pare de ler agora e veja o filme aqui abaixo) São 38 minutos, sem fala (na verdade tem uma fala rápida em, uma das cenas), onde acompanhamos gente caminhando pelo mais variados espaços na Irlanda. O problema é o que esta gente faz.
Clarke fez uma espécie de mistura de filme estrutural, conceitual, com Beckett, só que com assassinatos. Ao digamos "eliminar a sinopse" (poderia ser "homens que caminham matam homens que caminham"), Clarke chama atenção para outra coisa e faz um tratado sobre o ponto de vista, sobre o poder de presença que o cinema tem e como isto nos afeta. O filme é quase um experimento centífico, cujo perigo seria o conceito ser maior do que o efeito da obra, mas acho que o fiulme sobrevive bem. Me parece ser um filme essencial para se discutir imagem e violência (e todo o debate às vezes infértil sobre a espetacularização e a má influência que as imagens de violência podem causar). O filme me parece uma bela respota à todo tipo de falsas questões sobre o assunto.
Enfim, sem a menor ironia, trata-se de um filme educativo.
nota 10/10

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